quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Bylanço

Balanço
De lado, para cortar o vento ao meio
Rosa que não bebe, não sobrevive
Uma brisa leva a alma
Outra não leva nada
Tenho uma garrafa na mão
Cheia de pequeninas gotas lindas destiladas de Nitro

Balanço
De lado, para cortar o vento ao meio
Olhares trocados às vezes não são meus
Uma brisa leva-me o chapéu
A outra não leva nada
Tenho uma âncora tatuada no peito,
Enferrujada de во́дка

Balanço
De lado, para cortar o vento
Uma brisa…nem me aguento de pé
A outra, joaninha voa, voa
A garrafa está em Lisboa

Balanço
De lado, para cortar o vento ao meio
Uma brisa leva-me
A outra não leva nada

Foto: Gentilmente cedida por Marcelo Costa (http://marcelocosta.fineart-portugal.com)