segunda-feira, 25 de abril de 2011

Último autocarro


1.45 am
Não passa nada
Mas entram todos
No escuro são todos parvos
Ninguém dá troco a um cão despedido
Quem destina o destino, não manda nada
Diante línguas afiadas,
Mandar à merda é um elogio.
Os clarinetes calaram-se
Para ouvir o Zouk
Aquecem a noite
Algures no banco de trás
Sob o olhar vértice
De um motor diesel
Goela faminta
Arranca
Trava
Arranca
Gasta tudo aos cem…